quinta-feira, 17 de junho de 2010

O corpo na dança contemporânea (...)




Como a dança contemporânea não se define em técnicas ou movimentos específicos, emerge uma nova noção de corporalidade. Busca um sentido mais experimental, menos estratificado.

Na dança contemporânea não existe um corpo ideal, como na dança clássica. É um corpo multi cultural, que tem várias referências.

Este corpo multi cultural é um espelho do contemporâneo, do contexto globalizado em que a dança contemporânea se move. "Relaciona vários temas da sociedade de hoje.

O corpo não se apresenta como o único veículo de comunicação - todo o contexto temático que arquitecta a criação encerra uma sintaxe.

O corpo é quem instiga o discurso simbólico, é o catalisador da emoção, do pensamento, da atitude política, da sexualidade.








quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um pouco da Historia da Dança Contemporanêa Portuguesa (...)


O 25 de Abril de 1974 veio encontrar a dança contemporânea portuguesa num estágio de desenvolvimento bastante incipiente. A única estrutura de dança consolidada era o Grupo Gulbenkian de Bailado (Ballet Gulbenkian), sob a direcção do jugoslavo Miko Sparenbeck. Após o período revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril, o Ballet Gulbenkian procura uma nova orientação artística. Nesse sentido a Fundação Calouste Gulbenkian convida Jorge Salavisa em 1977 para dirigir a companhia. Também em 1977 nasce a Companhia Nacional de Bailado dirigida por Armando Jorge.

A CNB, mais vocacionada para a ballet clássico, viu-se obrigada a contratar bailarinos estrangeiros, sintoma da falta de formação e da qualidade técnica dos bailarinos nacionais. A CNB evoluía entre um reportório clássico e moderno.

Na década de 80 muitos coreógrafos partem para a Europa e Estados Unidos, objectivando o desenvolvimento da formação, a aprendizagem de novas técnicas e contacto com novas estéticas. Em Portugal um grupo de bailarinos e coreógrafos experimentam linguagens autónomas novas, num movimente ao princípio discreto de que fizeram parte Elisa Worm, Paula Massano, e Madalena Victorino, mas que adquiriu repercussão nos anos seguintes.

Os anos 80 assistiriam ainda a um acontecimento de relevância na dança contemporânea, especialmente na prespectiva da formação de público.

Em 1985 Madalena Perdigão cria o serviço ACARTE que em 1987 inicia os encontros ACARTE por onde passam grandes nomes da dança internacional.

Nos anos 90 deu-se a explosão da nova dança, após um período formativo na década antecedente. Nestes anos regressaram os bailarinos e coreógrafos "estrangeirados" que tinham ido lá aprender novos processos de produzir dança.

Com os novos saberes adquiridos, trouxeram a reflexão crítica, a discussão e debate, enfim, uma nova cultura coreográfica, mais transversal e interdisciplinar. Vários eventos assinalam o novo ciclo da dança contemporânea portuguesa como a Europália 91, uma mostra internacional dedicada a Portugal, onde alguns dos novos valores representaram Portugal, lançado assim a nova geração que mais tarde, na Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura, se viria a confirmar.

Ainda na década de 90 instituíram-se medidas que consolidaram o movimento: o estatuto do bailarino e do coreógrafo, o enquadramento legislativo da actividade, a atribuição de subsídios e apoios para a criação no âmbito da dança e a construção de equipamentos culturais que apoiaram a dança contemporânea: Fundação de Serralves, Culturgest e o CCB.

Contudo, muitos problemas persistiram, a ponto de comprometerem o movimento de renovação da dança contemporânea. Não se criaram estruturas de produção continuada e de distribuição nacional e internacional, e fez-se sentir a ausência de uma política para a dança desde 2001.
Mesmo assim vão aparecendo novas entidades, como a REDE - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, que congrega mas de 20 companhias de dança, visando a reorganização dos agentes da dança para fazerem face às vissicitudes, entre elas a falta de diálogo com o Estado.

Características da Dança Contemporanêa (...)


A dança moderna modificou drasticamente as "posições-base" do ballet clássico, além de tirar as sapatilhas das bailarinas e parar de controlar seu peso. Ela mantém, no entanto, a estrutura do ballet, fazendo uso de diagonais e da dança conjunta.

A dança contemporânea busca uma ruptura total com o balé, chegando às vezes até mesmo a deixar de lado a estética: o que importa é a transmissão de sentimentos, ideias, conceitos. Solos de improvisação são bastante frequentes.

A composição de uma trilha para um espectáculo de dança contemporânea implica diversos outros factores além da própria composição musical.

A dança contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de pessoas podem praticá-la.


Defenição de Dança Contemporanêa (...)



LinkA dança contemporânea passou a trazer à discussão o papel de outras áreas artísticas na dança, como vídeo, música, fotografia, artes plásticas, performance, cultura digital e software específicos, que permitem alterações do que se entende como movimento, tornando movimentos reais em virtuais ou vice-versa.